quinta-feira, 22 de abril de 2010

Prancheta: Ganhou velocidade, perdeu consistência. São Paulo 1 x 0 Once Caldas.

O esquema tático do São Paulo contra o Once Caldas teve como destaque a velocidade dos contra ataques. Mas não teve só melhorias na escolha do Fernandinho para formar dupla de ataque com Dagoberto. Alguns momentos da partida o São Paulo teve muita dificuldade pra segurar a bola e sofreu muita pressão dos colombianos.

Na parte ofensiva o time teve bastante mobilidade e tentou muitas jogadas individuais, o gol é um exemplo dessas jogadas. A jogada inicia com um lançamento em profundidade do Dagoberto para o Marlos, que passa pelo zagueiro e rola para o Fernandinho bater de primeira, concretizando o único gol da partida.
Defensivamente o time foi elogiado pelo Ricardo Gomes, mas na minha opnião houve algumas falhas de posicionamento que não podem ocorrer. Os erros nas bolas paradas adversárias também continuam assombrando a defesa tricolor.
Richarlyson fez uma função defensiva pelo lado esquerdo, e o Rodrigo Souto cobria as descidas constantes ao ataque do Cicinho pelo lado direito.


Protestos
Na volta para o segundo tempo, a equipe claramente tirou o pé e aceitou a pressão dos colombianos. Rogério Ceni teve que intervir e fazer pelo menos duas defesas, além de contar com a trave.
A paciência dos 50.461 são-paulinos com o técnico acabou quando ele sacou Fernandinho do time para colocar o volante Jean. Não teve jeito. "Burro burro", protestou a torcida. Ricardo Gomes tentou se redimir e colocou Washington na vaga de Jorge Wagner.
Washington não conseguiu mudar o panorama do jogo. O São Paulo continuou sofrendo pressão, sem criar oportunidades de gol. Implorou pelo apito final.
A equipe se mostrou frágil e precisa aproveitar o tempo que vai ter para se acertar. O mais importante nessa partida foi a vitória e a classificação em primeiro do grupo.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O jogo politico do futebol e a Copa do Mundo em São Paulo.

A disputa política no Clube dos 13 acirrou os ânimos entre o São Paulo e a CBF. E uma das questões mais delicadas em meio à eleição era o projeto do Morumbi como sede para o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. Após a vitória de Fábio Koff, o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, disse não acreditar em qualquer retaliação sobre o clube tricolor e fez questão de salientar que o estádio receberá o primeiro duelo do Mundial.

Mas as duras críticas do Ricardo Teixeira ao projeto do Morumbi para a abertura da copa do mundo, antes das eleições do clube dos 13 deixou margens para dúvidas, como se fosse um aviso aos que se opusessem a entidade. O mandatário são-paulino foi o cartola mais engajado na vitória de Koff, fato que irritou o presidente da CBF.

Na segunda-feira (12\04), Koff superou Kléber Leite, candidato preferido da CBF, por 12 votos a 8, e Juvenal ocupará o cargo de vice-presidente do C-13 nos próximos três anos.

O jogo político ficou mais evidente quando a CBF colocou a "taça das bolinhas" nas mãos do São Paulo, taça que premia o primeiro pentacampeão brasileiro. Com essa decisão, a CBF automaticamente não reconhece o título de 1987 do Flamengo e legitima o Sport como campeão da época. Isso teria acontecido porque a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, estaria na chapa de Fábio Koff na eleição do Clube dos 13, oposição da CBF. Isso deixou mais evidente a retaliação aos opositores da entidade.




E como explicar a escolha do Andrés Sanches para chefe da delegação brasileira na copa da África do Sul? Será porque ele foi o que mais apoiou a chapa da CBF?

Kléber Leite alegava que no mandato de Fábio Koff, desde 1996, houve pouca evolução no C-13, e que a entidade estava se tornando desnecessária. A realidade é que a entidade só servia para negociações de contratos de televisão que estavam muito defasados, e nisso eles se sairam bem. Em 1996 os direitos de televisão giravam em torno de R$10 milhões anuais e hoje estão na casa dos R$500 milhões anuais. Um tremendo de um reajuste. Mesmo assim, esses valores estão muito abaixo da realidade do futebol europeu.

O lado bom de toda essa bagunça é que no fim de 2010 expiram os contratos dos direitos de transmissão do Brasileirão que é da Rede Globo. Fabio Koff exige um aumento de 60% nos valores, sob a ameaça de uma possível negociação com a Rede Record. Essa concorrência é defendida veementemente pelo vice-presidente do C-13 Juvenal Juvêncio.

Com certeza esse "jogo" é muito chato de acompanhar, prefiro aquele dentro das quatro linhas. Até porque política não é muito o lado forte dos brasileiros.

domingo, 18 de abril de 2010

Prancheta: Santos 3 X 0 São Paulo

Esse 4-4-2 europeu que o Ricardo Gomes tentou implantar no São Paulo ainda não funcionou. Basicamente o time joga com duas linhas defensivas de quatro jogadores, com o Hernanes improvisado como "Winger" (ou meia-ala). Esse esquema, bastante popular na Inglaterra, no São Paulo tropeça na falta de velocidade do Hernanes e do Jorge Wagner nas criações das jogadas, também deixando claro a falta que o Marlos fez pra equipe.

Destaque para Dorival Júnior que armou sua equipe pra explorar o lado esquerdo do ataque santista. Dessa forma o Cicinho não teve muita liberdade para ir ao ataque, e além disso, marcar não é o forte do lateral são paulino.



Fora os problemas táticos, o São Paulo sofre com outras deficiências. A falta de um volante especialista em marcação é um deles, e parece sem solução dentro do elenco atual. Rodrigo Souto, apesar de bom jogador, não é especialista na função que vem atuando.

Resumo de Santos X São Paulo.
Superioridade do Santos do primeiro ao ultimo minuto do jogo. Mesmo com a garra de alguns jogadores do São Paulo que tentavam de alguma forma equilibrar a partida, ficava evidente a qualidade do Santos.

Os meninos da vila controlaram o jogo durante todo o primeiro tempo com toques rápidos, que irritavam os jogadores do São Paulo que a todo momento chegavam forte, na maioria das vezes de forma faltosa. Devido as inúmeras faltas o árbitro tentava "segurar" o jogo amarelando os jogadores dos dois lados. Na maioria das vezes que o Neimar pegava na bola, ou ele era parado com falta, ou ele simulava uma.

A facilidade do Santos chegar próximo ao gol do São Paulo era surpreendente, mais surpreendente ainda foi o São Paulo não ter levado gol no primeiro tempo.

O esquema de Ricardo Gomes não funcionou sem um centroavante, Dagoberto e Fernandinho ficaram distantes um do outro e foram presas fáceis para os zagueiros santistas. No segundo tempo Washington entrou no lugar do Cleber Santana, e o São Paulo ficou ainda mais exposto aos contra-ataques.

Com dois gols, Neymar comandou a vantagem da sua equipe, Paulo Henrique Ganso ainda fechou a conta.

A expressiva vitória do Santos, e a qualidade do futebol que os meninos mostraram nessa decisão, deixa mais claro ainda que o Santos é o melhor time do Brasil.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Libertadores da América. Brasil saindo na frente

Com 13 títulos somados, Brasil figura apenas atrás da Argentina, com 22. São Paulo é o maior vencedor do país, com três conquistas. Nos últimos anos, a festa brasileira ficou no quase. Grêmio, Fluminense e Cruzeiro chegaram até a final da Taça Libertadores, mas caíram dentro de casa. Em uma delas, o título ficou com o argentino Boca Juniors, segundo maior campeão da competição, com seis títulos, apenas atrás do Independiente, com sete, também da Argentina. O que explica a distância de oito títulos entre os hermanos e os brasileiros.

No entanto, a variedade no Brasil é grande: foram oito campeões diferentes, com destaque para o São Paulo, detentor de três canecos, seguido por Santos, Grêmio e Cruzeiro, com dois.

Na Libertadores 2010 o Brasil tem cinco representantes que chegam como favoritos ao título: Cruzeiro, São Paulo, Corinthians, Flamengo e Internacional. Qual deles será capaz de levar o caneco da maior competição do continente?