
Mas as duras críticas do Ricardo Teixeira ao projeto do Morumbi para a abertura da copa do mundo, antes das eleições do clube dos 13 deixou margens para dúvidas, como se fosse um aviso aos que se opusessem a entidade. O mandatário são-paulino foi o cartola mais engajado na vitória de Koff, fato que irritou o presidente da CBF.
Na segunda-feira (12\04), Koff superou Kléber Leite, candidato preferido da CBF, por 12 votos a 8, e Juvenal ocupará o cargo de vice-presidente do C-13 nos próximos três anos.
O jogo político ficou mais evidente quando a CBF colocou a "taça das bolinhas" nas mãos do São Paulo, taça que premia o primeiro pentacampeão brasileiro. Com essa decisão, a CBF automaticamente não reconhece o título de 1987 do Flamengo e legitima o Sport como campeão da época. Isso teria acontecido porque a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, estaria na chapa de Fábio Koff na eleição do Clube dos 13, oposição da CBF. Isso deixou mais evidente a retaliação aos opositores da entidade.

E como explicar a escolha do Andrés Sanches para chefe da delegação brasileira na copa da África do Sul? Será porque ele foi o que mais apoiou a chapa da CBF?
Kléber Leite alegava que no mandato de Fábio Koff, desde 1996, houve pouca evolução no C-13, e que a entidade estava se tornando desnecessária. A realidade é que a entidade só servia para negociações de contratos de televisão que estavam muito defasados, e nisso eles se sairam bem. Em 1996 os direitos de televisão giravam em torno de R$10 milhões anuais e hoje estão na casa dos R$500 milhões anuais. Um tremendo de um reajuste. Mesmo assim, esses valores estão muito abaixo da realidade do futebol europeu.
O lado bom de toda essa bagunça é que no fim de 2010 expiram os contratos dos direitos de transmissão do Brasileirão que é da Rede Globo. Fabio Koff exige um aumento de 60% nos valores, sob a ameaça de uma possível negociação com a Rede Record. Essa concorrência é defendida veementemente pelo vice-presidente do C-13 Juvenal Juvêncio.
Com certeza esse "jogo" é muito chato de acompanhar, prefiro aquele dentro das quatro linhas. Até porque política não é muito o lado forte dos brasileiros.